O Governador Ibaneis Rocha anunciou, no fim da tarde desta terça-feira (9), a liberação de um auxílio emergencial para os profissionais do Transporte Escolar Privado. A categoria passou o dia acampada em frente ao Palácio do Buriti, cobrando um auxílio financeiro do governo. “Eles foram os primeiros a paralisar as atividades, no início do mês de março, quando o governo decretou a suspensão das aulas. Nenhuma categoria está parada há tanto tempo quando o transporte escolar. A situação deles é de fato preocupante”, defendeu Valdelino Barcelos, principal articulador da demanda junto ao governo.
O auxílio emergencial será pago em duas parcelas de R$1.200 – podendo ser prorrogada por mais uma, caso a pandemia persista no DF – para mais ou menos 1.600 profissionais, o que representa aproximadamente R$6 milhões. “Esse montante será custeado por nós, deputados distritais, com recursos economizados pela Câmara Legislativa”, anunciou Valdelino.
“Para onde vai o dinheiro economizado?”, questionou ele. “Precisa voltar ao contribuinte! Com este recurso, nós vamos conseguir ajudar centenas de famílias. Eu não uso verba indenizatória, não uso verba de correspondência, não uso ressarcimento de combustível, não uso verba de publicidade e não tenho carro oficial. É possível fazer um mandato representativo e ainda economizar recursos públicos. A prova está aí”, justificou.
Para Nazon Simões, presidente do Sindicato dos Transportes Escolares do DF, “a prioridade sempre foi a batalha contra o coronavírus, mas a fome bateu na nossa porta”. E completou, emocionado ao sair da reunião decisiva no Palácio do Buriti: “agora, com a conquista do auxílio emergencial, a gente vai conseguir aguardar a volta às aulas com um pouco mais de tranquilidade. Enfrentando o coronavírus com mais paz no coração”.
Valdelino Barcelos, que tem 70 anos de idade e entende que pertence a um público de risco do novo coronavírus, esclareceu sua participação na articulação do benefício. “Eu tenho respeitado o isolamento social de maneira integral, mas hoje eu precisei sair. Peguei minha máscara e o álcool em gel e fui à luta por centenas de profissionais que estavam vendo seus filhos passarem fome”, relatou. “Agora vou voltar com todos os cuidados necessários”.
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