Foto: Toninho Tavares

NOVO PROJETO DE LEI: por paradas de ônibus mais seguras e estruturadas

No Distrito Federal existem 4,7 mil paradas de ônibus, segundo dados do DFTrans em 2018. A frota da capital do país ultrapassa os 12 mil ônibus, para uma população de quase 3 milhões de habitantes. Isso representa um coletivo para cada 233 moradores brasilienses. “E onde todas essas pessoas ficam, enquanto aguardam o transporte público para ir ao trabalho ou para voltar para casa?”. Esse foi o questionamento que o Deputado Valdelino Barcelos provocou ao dar entrada no novo Projeto de Lei nº 1224/2020. O objetivo da proposta é criar um programa de manutenção constante das paradas de ônibus nas cidades do DF.

Um levantamento realizado pela equipe do parlamentar, com dados oficiais do Governo do Distrito Federal, mostrou que somente 3,2 mil paradas possuem abrigo. “Isso chamou bastante a nossa atenção, pois ainda existem aproximadamente 1.500 paradas sem qualquer abrigo ou somente placas indicando o ponto de ônibus ou então naqueles pontos habituais, sem qualquer indicação, mas onde os passageiros já acostumaram a esperar o transporte público. Situação que, no nosso entendimento, não deve persistir”, explicou.

“Quando conquistarmos a aprovação deste projeto, a construção de abrigos, as câmeras de segurança, a devida iluminação, a acessibilidade, a internet pública, o serviço de poda, roçagem e pintura, a instalação de lixeiras e a limpeza com retirada de entulhos serão regidas por lei. Esse é o nosso objetivo. Que haja um cronograma, um prazo para as reformas e a devida previsão orçamentária para as paradas de ônibus”, defende Valdelino Barcelos, que é o presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Câmara Legislativa do DF.

Um caso recente

Recentemente, em março deste ano, um professor de história foi vítima da violência brutal nas paradas de ônibus, ao ser esfaqueado depois de um assalto, no Pistão Sul, em Taguatinga. Hebert Silva Miguel, 26 anos, não resistiu aos ferimentos. Ele aguardava o transporte público para ir ao trabalho, no Novo Gama, por volta de 6h30 da manhã, quando foi surpreendido pelo assaltante. Mesmo sem reagir ao assalto, ele foi gravemente ferido.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública do DF, apenas entre janeiro e fevereiro de 2020, a força policial registrou a média de um homicídio por dia. Ao todo, foram 72 mortes no primeiro bimestre.

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