Os alunos dos 3º, 4º e 5º ano da Escola Classe 411 Norte deram início à Comissão Geral que debateu o Maio Amarelo, com uma apresentação musical, que falava “pare, olhe e siga as regras, senão você dança”. A música representa o objetivo da campanha, que é alertar sobre o alto índice de acidentes de trânsito no Distrito Federal e no mundo. O Deputado Valdelino Barcelos, autor da iniciativa, esclareceu que neste ano, a ação trouxe crianças de diferentes idades para aconselhar os pais sobre conscientização ao volante.
O parlamentar explicou que a cor amarela foi escolhida em alusão a cor nos semáforos, a luz da “atenção” e reforçou os conselhos dos pequenos, como utilizar o cinto de segurança, não usar celular, não ingerir bebidas alcoólicas, respeitar a velocidade da via, os pedestres e ciclistas. Na Câmara Legislativa, Valdelino Barcelos é presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana.
O debate seguiu com várias ações explicativas da campanha, entre elas, uma pequena palestra sobre o início da ação no Brasil e a repercussão mundial, feita pelo representante Nacional do Maio Amarelo em Brasília e observador certificado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, Arthur Magalhães.
Além dos alunos da Escola Classe 411 Norte, também estiveram na Câmara Legislativa nesta quinta-feira, os alunos do Colégio Elefante Branco e das Escolas Classe 831 e 318, ambas de Samambaia. A participação da juventude foi bastante elogiada. “Ter a juventude neste evento é o grande diferencial. Os departamentos de trânsito precisam investir mais nas áreas de educação. Que não seja uma campanha de um mês, mas sim, um processo contínuo”, recomendou Fábio Medeiros, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran.
Preocupada com os índices de acidentes fatais no país, a diretora de Educação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Jucianne Nogueira, pontuou que “90% dos acidentes são causados pelo ser humano e não por falhas na infraestrutura viária” e também que “na faixa etária de 5 a 29 anos, o trânsito é a primeira causa de mortes. Nós estamos perdendo os nossos jovens”, lamentou.
A fiscalização também foi tema de muitos discursos, entre eles, do Coronel da Polícia Militar, Alexandre Sousa. “Ainda que alarmantes, o número de mortes no DF tem reduzido. Essa mudança se deve ao binômio fiscalização e educação. Uma não caminha sem a outra”, pregou. Como exemplo desse binômio, o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, lembrou que “Brasília é conhecida como a cidade de respeito à faixa de pedestres” e disse acreditar que os demais meios da mobilidade urbana também podem ser igualmente respeitados.
Também com foco na unidade, Marcelo Granja, representante da diretoria do Detran, defendeu que nos primeiros 100 dias de governo, “nós já observamos grande redução nos dados de acidentes no trânsito. Brasília está no caminho certo e essa conquista só foi possível graças a unidade entre todos”.
Rafael Prudente, deputado e presidente da Câmara Legislativa do DF, sustentou que as leis de orçamento que serão aprovadas este ano pela Casa precisam dar mais visibilidade para o transporte público e a mobilidade urbana, com destinação de recursos.
Vítor César Batista, diretor técnico da TCB, fez forte defesa do transporte público coletivo. “O transporte individual está crescendo, mas com ele, vieram as mazelas do trânsito inchado nas grandes cidades. Brasília é uma das capitais brasileiras onde não há restrição de trânsito nas áreas públicas, o que complica a mobilidade urbana de uma forma geral. A culpa não é do transporte público coletivo”.
Em concordância, Chancerley Santana, diretor presidente da TCB, reforçou que a companhia é “pioneira e vai participar ativamente no aprimoramento da mobilidade urbana”. O transporte público também foi foco do discurso do diretor-geral do DFTrans, Josias Seabra, que pediu incentivo do transporte coletivo.
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